sexta-feira, 23 de julho de 2010

Porquê o Noroeste de África?

Grande Mesquita de Touba, Senegal
Quando digo a amigos ou conhecidos que vou passar as férias em África uma reacção frequente é(era) a de surpresa por ter escolhido este continente, menos popular entre nós como destino de férias. Na mente de algumas pessoas todo o continente Africano está associado a imagens de pobreza, sujidade, doença e guerra e não tem nada que mereça ser visitado.
Quando eu penso em África penso num continente vasto, variado e original, capaz de causar grande impacto em quem o visita. Um continente com paisagens grandiosas que deslumbram, com parques naturais em que ainda vivem milhares de animais em estado selvagem, mas principalmente um continente rico em culturas diferentes e pouco influenciadas pela cultura ocidental, cheio de pessoas autênticas, espontaneas que trabalham e suam e dançam e cantam e lutam e riem.
A primeira vez que visitei um país fora da Europa o destino escolhido foi Marrocos. Marrocos é um destino próximo, muito próximo de Portugal, em linha recta são menos de 600 quilómetros de Lisboa a Rabat. Esta proximidade leva a que o transporte até ao país de destino seja barato e possa ser feito por terra (e um pequeno troço de mar) não sendo necessário voar.
No entanto apesar da proximidade geográfica Marrocos é um país completamente distinto de Portugal e logo mais exótico e interessante em primeiro lugar porque é um país de uma civilização diferente, é um país islâmico e esse facto não se resume apenas a religião, mas reflecte-se nas tradições, na arquitectura, na culinária, no artesanato, na música e em todos os campos da cultura. Em segundo lugar Marrocos têm um tipo de paisagem que não existe na Europa e que sempre me fascinou que é o deserto.
Depois de ter tidos umas férias fantásticas no ano passado e hà dois anos em Marrocos, decidi que este ano queria conhecer outra civilização, outra cultura, e uma das hipóteses era viajar para a África Ocidental. Surgiu então a ideia de "ligar" por terra este novo destino ao destino que fiquei a conhecer nos anos anteriores, ou seja visitar o Senegal e Gâmbia e fazer desde aí o percurso até Marrakech, atravessando o deserto do Sahara.

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