De volta ao Rio encontrei-o como ainda não o tinha visto antes, com um céu limpo sem nuvens.
A luz dourada e transparente do entardecer dava uma nova beleza à cidade e fazia com que cada se destacasse belo e imponente, estivesse coberto de floresta, rocha escura ou favela. Até as águas sujas da baía de Guanabara junto à Ilha do Governador pareciam belas com os seus reflexos dourados.
Passei a(s) hora(s) que demorou entrar na cidade de autocarro (Ônibus) à hora de ponta do final da tarde a contemplar a paisagem por entre o ruído de buzinas e motores.
Telefonando para confirmar o meu couch no Rio descobri que este tinha sido cancelado há dias (eu ainda não sabia porque não tinha visto o e-mail entretanto).
Ao chegar à rodoviária procurei um cybercafe (lan-house) e descobri que nenhum dos meus outros pedidos de couch tinha tido resposta positiva.
Restava-me uma hipótese: ligar para o Sérgio que me tinha hospedado da última vez que tinha estado no Rio e que era uma pessoa com a qual eu sabia que podia contar desde que ele me pudesse ajudar.
Liguei... felizmente ele tinha acabado de regressar de Brasília e estava a chegar a casa. Como esperava ele disse que eu podia ficar lá essa noite.
Peguei nas malas e fui para a casa dele. Mais uma vez fui bem recebido, e tive direito a jantar completo com suco e tudo.
Infelizmente o Sérgio tinha de viajar de novo em negócios no dia seguinte, por isso depois do jantar e de conversar com ele fui à internet enviar mais meia dúzia de pedidos de couch antes de me deitar, esperando que no dia seguinte já tivesse lugar onde ficar.
Não tinha! Saí com o Sérgio de casa e fui pegar (apanhar) um autocarro para a zona sul mesmo sem saber para onde ía.
Aí lembrei-me que ainda tinha no bolso o cartão com o contacto do Maka (que conheci no meeting de couchsurfing do Rio) que é o dono de um pequeno hostel na Rocinha, iria ter que pagar, mas um hostel na favela não devia ser muito caro.
Olhei para o relógio, eram 7:30 da manhã, provavelmente ninguém me ia atender a chamada, mas ainda assim telefonei e o Maka atendeu.
Encontramo-nos em S. Conrado e subi com ele à favela (da Rocinha) num moto-táxi.
Os moto-táxis fizeram-me recordar o norte de África e as ruas estreitas e labirínticas da favela também.
Não existia nenhum grande souk com cheiro de especiarias como em Marrocos, mas existiam dezenas de mini-mercados, tascas, cabeleireiros, barracas de cachorros, oficinas, lan houses, vendedores de rua e muita gente passando, trabalhando, discutindo, vivendo...
Do terraço da casa do Maka viasse grande parte da Rocinha, entalada entre dois morros (Morro dos dois irmãos e Pedra da Gávea) descendo até ao mar em S. Conrado.
Depois do almoço fomos até a praia de Ipanema onde passei a maior parte da tarde.
A praia estava cheia (como em qualquer dia de sol) com alguns cariocas e muitos turistas. Os corpos na sua maioria esbeltos e bem trabalhados como seria de esperar numa das cidades mais hedonistas do mundo.
A água estava muito fria (segundo o Maka) ou seja à mesma temperatura que a água no algarve num dia bom. As ondas (relativamente grandes) rebentavam quase em cima da praia. Era necessário passar a linha de rebentaçao para se poder estar tranquilo sem que uma onda nos fizesse rebolar de volta para a areia.
Depois de umas horas na praia deixei o Maka e fui apanhar o metro para o Flamengo para ir jogar basquetebol com alguns couchsurfers.
Por volta das 17:00 deixei a praia e apanhei o metro para Flamengo para ir jogar basquetebol.
Haviam poucos couchsurfers no campo, mas deu para jogar com outros jogadores que estavam aí.
Depois do jogo já de noite voltei para a Rocinha sozinho e tranquilo, nao senti nenhum ambiente de tensao, nao vi ninguém armado e além disso as ruas continuavam cheias de gente o que transmitia alguma segurança.
Á noite fui sair com o Maka e um grande grupo de italianos seus conhecidos. Fomos até á feira de S. Cristovao que é uma feira nordestina com musica , gastronomia, artesanato e produtos regionais do nordeste.
...
Favela da Rocinha, ao fundo Pedra da Gávea
Rocinha vista mais de perto
Rocinha de noite
Rocinha de noite
Lagoa Rodrigo de Freitas e ao longe o Redentor vistos do Mirante da Rocinha
Eu e o Maka
Rio de Janeiro vista do Mirante de St. Marta
Enseada de Botafogo e Pão de Açucar vistos do Mirante de St. Marta
Cristo Redentor no topo do Corcovado
Lagoa Rodrigo de Freitas
Cristo Redentor visto da Floresta da Tijuca
Ilhas em frente a Ipanema
Morro dos Dois Irmaos (Esquerda) Pedra da Gávea (Centro) e Floresta da Tijuca (Direita)
Rio de Janeiro e Baía de Guanabara vistos do Corcovado
"Cair da noite em Copacabana"
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