quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Serrekunda - Ziguinchor - Cap Skirring





Para sair Serrekunda rumo ao Senegal foi preciso mais uma vez apanhar 2 táxis antes de apanhar o autocarro que me levaria até à fronteira. Os transportes públicos na zona de Sukuta/Serrekunda/Bacau/Brikama são dos mais confusos que encontrei.
Passar a fronteira foi fácil, não houve nenhuma "taxa surpresa" e a viagem correu tranquila até Ziguinchor.
Pelo caminho vi o meu primeiro macaco no Senegal um macaco patas (singe rouge em francês).
Na estrada notei que a partir do momento em que se cruza a fronteira passam a existir de tantos em tantos quilómetros checkpoints militares com alguns guardas munidos de metralhadoras ou ocasionalmente um tanque militar.
A vegetação nesta parte do Senegal é muito mais exuberante que no resto do Senegal, aqui a paisagem deixa de ser de savana e passa a ser verdadeira floresta com muitas árvores imponentes orladas de trepadeiras.
Depois de umas horas de viagem cruza-se uma ponte sobre o rio Casamance e estamos em Ziguinchor.
Ziguinchor visto do táxi passando a ponte
Um pequeno contratempo, em Ziguinchor fui burlado! Na "gare routiere" travei conhecimento com um senegalês que tal como eu esperava que um táxi enchesse para ir para Cap Skirring. Conversamos juntos durante cerca de uma hora, falou-me do trabalho dele, da familia, da vida no senegal. Na hora de entrar para o táxi é preciso pagar a nossa viagem e um extra pela mochila. O preço das viagens entre cidades (a partir da gare) costuma ser fixo (a maior parte das vezes) mas é sempre preciso negociar um preço pela mochila ou outras bagagens. Estava eu a discutir o preço com o motorista (o motorista já tinha baixado o preço um pouco, mas não o suficiente) quando o tal senegales, diz: "C'est normal, mon ami. Pas du problem" (É normal, não há problema). Saca de uma nota e paga o valor que o motorista estava a pedir.
Não tinha nada que se meter, agora se me pedir o dinheiro vou dizer-lhe que não pago - pensei eu, mas obviamente que não fiz isso. Ele pediu-me o dinheiro que pagou ao motorista pela minha bagagem e eu só tinha uma nota grande. Ele pegou na nota e saiu do táxi à procura de troco para me dar. Escusado será dizer que nunca mais lhe pûs a vista em cima.
O resto da viagem até Cap Skirring foi longo mas calmo. A estrada tem ainda mais checpoints e patrulhas militares. Em alguns dos checkpoints existem troncos no chão que é necessário contornar para obrigar os carros a abrandar e se for preciso parar para mostrarem documentos.
Cheguei a Cap Skirring bastante cansado e cheio de fome. Comprei fruta numa banca de rua e fui procurar um hostel. Como estava cansado nem me dei ao trabalho de andar a comparar preços, peguei no lonelyplanet e escolhi o mais barato que lá vinha assinalado, como estava cheio fui para o segundo da lista o "Le Paradise".
Le Paradise
Ao chegar ao hostel tive uma agradavel surpesa, os quartos são muito simples, o pequeno jardim do hostel é tropical e luxuriante e dá directamente para uma praia orlada de palmeiras. Espectacular. Fui logo dar um mergulho, jantei e deitei-me cedo.
Jardim do hostel

Portão de acesso à praia

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