quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Wassadou - Tambacounda - Kaolack - Djourbel - Touba - St Louis






Na mesma manhã em que fiz o passeio de barco no rio e vi os hipópotamos parti para atravessar todo o Senegal até Saint Louis.
Consegui uma boleia de um dos senhores que trabalha no campement até à estrada.
Aí apanhei o táxibrousse até Tambacounda e a partir daí um táxi septplace até Kaolack.
Quilómetros e mais quilómetros de estrada, a paisagem mudando lentamente, ficando menos luxuriante e ao fim de umas horas estava na confusa gare routiére de Kaolack, de novo nas imediações do delta do Sine Saloum.
Em Kaolack apanhei um novo táxi que me levou todo o caminho até Saint Louis, mas pela rota mais longa passando em Djourbel e Touba para deixar (e recolher) passageiros que iam ou vinham de uma peregrinação à grande mesquita.
Ainda passei ao lado da mesquita de Djourbel, mas não vi a de Touba (acho que ia a dormir nessa altura).
Mesquita de Djourbel (tirada da net)

Áo pôr-do-sol quebrei o ramadão bebendo água e comendo algumas tâmaras que me ofereceram os outros passageiros (como é tradição). O motorista parou na primeira dibiterie da beira da estrada para nos deliciarmos com umas sandes de carne com cebola e para os passageiros rezarem (eu passei essa parte à frente e fiquei a comer mais uma sandes.
De novo quilómetros e mais quilómetros. Era já de noite, não dava para ver a paisagem eu ia "passando pelas brasas" de vez em quando.
E por volta das 3 da manhã cheguei finalmente a St Louis depois de 16 horas e meia de viagem (com 7 pessoas no táxi).
Tinha um contacto do couchsurfing em St Louis mas aquela hora da noite não ia estar a incomodar. Por saber que ia chegar tarde nem sequer tinha ligado antes.
Arranjei um táxi para me levar a um hostel barato que vinha assinalado no lonely planet (porque os táxis que fazem viagens entre cidades deixam as pessoas na central de transportes, não no nosso destino final, a não ser que fique pelo caminho).
Chegado ao hostel estava fechado e ninguém atendia a campainha, o próximo hostel da lista não tinha quartos, estava cheio. Os outros hostels da lista ficavam noutra zona da cidade e eram bem mais caros. Perguntei por um hostel próximo ao porteiro, ele indicou-me um mesmo naquela rua.
Estava aberto e tinha lugares vagos e não era caro, mandei o táxi embora e entrei.
A minha cama ficava numa camarata com 8 camas. Podia escolher a cama porque não estava lá mais ninguém. Aliás julgo que não havia mais nenhum hospede no hostel. As paredes estavam desbotadas e um pouco sujas, o chão estava sujo, nos cantos da divisão existiam algumas teias de aranha e haviam uns baldes e umas tábuas num canto. Algumas camas estavam feitas com os lençois, outras tinham os lençois enrodilhados sobre a cama. Escolhi a cama com os lençois mais limpos mas que ainda assim tinham aspecto de nunca, nunca terem sido lavados. Não vou falar da casa de banho!
Estendi uma toalha de praia sobre a cama, o saco cama sobre a toalha e dormi sobre o saco cama.

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